Quem passa pelo conhecido "Terminal de Cargas" percebeu que, há algumas semanas, um conjunto de barracos foi construído em meio aos bolsões destinados aos veículos de transporte. Segundo matéria da Rede Brasil Atual - RBA, trata-se da favela do Jardim Julieta, formada por cerca de 650 famílias com histórias bem parecidas: pessoas que, diretamente atingidas pelos efeitos sociais da pandemia do novo coronavírus, ficaram sem renda e, consequentemente, sem condições de seguir pagando o aluguel e os boletos variados. São as vítimas sociais da pandemia ou, como define a reportagem, os "desabrigados da quarentena".
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Morador constrói barraco na favela do Jardim Julieta; foto: Lalo de Almeida/ Folhapress |
Tanto na RBA como na Folha de S. Paulo, a informação é de que os moradores, muitos motoristas, entregadores de aplicativos e operadores de telemarketing, já foram notificados da ordem de despejo solicitada pela prefeitura de São Paulo, proprietária do terreno. O prazo é de 30 dias corridos contados a partir do dia 8/7.
Ainda que sem apresentar um cronograma com prazos, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirma que no espaço, desocupado há décadas, serão construídas 1.580 moradias a ser entregues aos moradores da comunidade do Violão, localizada próxima ao local da recém-instalada favela do Jardim Julieta.
A formação da favela e a possibilidade de despejo no próximo mês de agosto ocorrem em meio à pandemia do novo coronavírus, contexto no qual se recomenda isolamento, distanciamento e, até mesmo, quarentena social.
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